Foto: Fotojump
Parecia tudo mais difícil. Quem assistiu o jogo desde o início, tinha plena consciência de quem era o favorito e do que estava prestes a acontecer segundo as estatísticas. Porém, diferente do que ocorreu na Superliga Feminina, o Praia Clube caiu feio. Primeiramente, antes de resenhar sobre esta grande final, é essencial dar os méritos à equipe de Osasco. Para fechar o combo do 'tudo estava a nosso favor', a margem de erros mineiros fizeram com que a recuperação pra cima das adversárias na partida fosse anulada.
Individualmente falando, todas as jogadoras do Praia atingiram seu alto nível durante o jogo, o problema mesmo foi manter essa façanha e lidar com um Vôlei Nestlé disposto a defender e virar bola como se o mundo fosse acabar.
Feroz é a palavra. Não foi um bom dia para quem resolveu encarar o bloqueio excepcional e eficaz de Bia. Pior ainda para aqueles que quiseram manter um passe 'A' enquanto a palavra de ordem para as paulistas era forçar o saque e fazer ponto.
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Amanda, ponteira do Praia Clube, se desentendeu com seu maior domínio, a recepção. Posteriormente, a crise atrapalhou também o seu ataque. O mesmo aconteceu com Garay. Apesar de sua garra e excelente porte na virada de bola, a gaúcha - que já vestiu a camisa de Osasco - não conseguiu ser ela mesma esta noite.
Se com Fabíola em quadra como titular a Tandara era a grande estrela, com Carol Albuquerque, a protagonista se chamava 'coletividade'. Sem querer palpitar tecnicamente nas escolhas de Fabíola, foi claro que a entrada de Carol fez todas as atacantes de Osasco sair com ponto anotado na súmula.
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Mari Paraíba, hoje definidora e peça chave na linha de passe osasquense é um dos nomes a ser lembrado neste duelo. Inicialmente 'queimada' com algumas bolas espetadas de Fabíola, ela manteve a paciência e esperou a chance de Carol entrar em quadra para aumentar sua performance também no ataque. Grande parte das defesas que se geraram contra-ataque para as paulistas vieram da boa movimentação e leitura de jogo da ponteira paraibana.
Leyva, a última a chegar na equipe e claramente mais tímida, hoje fez um partida inspiradora com ataque incrivelmente potentes e grandes defesas. Tássia, agora familiarizada na equipe, tinha motivos de sobra para fazer uma boa partida - Praia Clube foi o último time que ela defendeu - e assim o fez. A líbero encheu os olhos dos espectadores com sua constância na passe - e bom reflexo para as defesas e coberturas -, saindo de quadra com a sensação de dever cumprido além da medalha de ouro no peito.
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Mesmo com longos comentários sobre as atuações individuais das atletas, a coletividade continuou sendo o ponto mais impecável da equipe campeã. O mais engraçado de tudo isso é o quanto a gente pôde se espantar com a evolução de Osasco após esse título. Antes disso, tudo era segredo e ninguém sabia do progresso que se passava na árdua rotina de treino delas. Afinal, as partidas da Superliga não nos contava muito já que a equipe havia sofrido derrotas inesperadas. Foi um hiato importante desde as festas de fim de ano até o retorno das atividades. É um título que não as leva a lugar nenhum a não ser ao pódio e aos olhares surpresos de quem imaginou que o Praia Clube sairia campeão.
Fica aqui, então, mais uma da série de provas nesta temporada de que nada tem todo. Toda competição tem sido um novo universo. E para nós, amantes do voleibol, está ficando cada vez mais interessante ter noção de que não sabemos absolutamente de nada além do que já passou.
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